Secretaria de Segurança do Paraná conclui sindicância sobre suspeita de corrupção envolvendo traficante e cúpula do Deppen

  • 10/06/2024
(Foto: Reprodução)
Resultado da apuração não foi divulgado. Material foi encaminhado aos comandos das polícias Civil e Penal e ao Ministério Público para análise e adoção de providências cabíveis. Sindicância apurou suposto pagamento de propina a ex-diretor do Deppen A Secretaria de Estado de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) informou nesta segunda-feira (10), em publicação no Diário Oficial, que concluiu a sindicância sobre um suposto esquema de propina envolvendo um dos maiores traficantes do Brasil e a cúpula do Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen-PR). As conclusões da apuração não foram divulgadas pela secretaria. A publicação afirma apenas que o resultado da sindicância deve ser enviado às diretorias da Polícia Penal e da Polícia Civil e ainda ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) para aprovação e providências. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram Agora, os comandos das polícias devem abrir procedimentos próprios para apurara a atuação de todos os servidores envolvidos. O Ministério Público disse, em nota, que também vai analisar o resultado da apuração. A sindicância foi aberta depois que vieram à tona relatórios de inteligência produzidos dentro da Casa de Custódia de São José dos Pinhais, entre abril e maio de 2022. A apuração da secretaria foi aberta com o objetivo de esclarecer que providências foram tomadas diante do conteúdo de um documento que aponta o suposto envolvimento entre o traficante de drogas Marcos Silas e integrantes da cúpula do Departamento Penitenciário, hoje Departamento de Polícia Penal, entre eles o ex-diretor do Deppen Francisco Caricati. O documento teve como base o relato de um informante de dentro da cadeia. A RPC teve acesso aos depoimentos e a outros documentos que fazem parte da investigação. De acordo com o informante, "o Sr caricate" teria recebido R$ 1 milhão para alocar Marcos Silas em um bloco em que seria mais fácil a contravenção - um celular - e que o traficante teria pago mais R$ 500 mil para não assinar a transferência para uma penitenciária federal. Marco Silas foi considerado pela PF um dos maiores traficantes de cocaína do Brasil Reprodução Francisco Alberto Caricati foi diretor do Deppen de 2018 a 2022. Antes, foi delegado e passou por diversas divisões da Polícia Civil, como Delegacia de Furtos e Roubos, Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos e Departamento de Inteligência do Estado. Hoje, Caricati é diretor de Justiça na Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado do Paraná. Leia também: Jovem atacada com soda cáustica em Jacarezinho diz ter visto pessoa se aproximar com 'copo borbulhando' Justiça manda soltar policial civil que foi preso suspeito de ameaçar clientes em bar de Curitiba e dirigir bêbado Homem réu por feminicídio esfaqueou ex-companheira 21 vezes; câmera de segurança registrou crime A sindicância ouviu pelo menos dez pessoas, entre servidores, policiais penais e funcionários terceirizados. Também foram ouvidos alguns dos atuais integrantes cúpula de Departamento de Polícia Penal do Estado, inclusive o atual diretor-geral, Reginaldo Peixoto. À sindicância, Peixoto disse que desconhecia o teor do documento que cita o suposto envolvimento de Caricati com o traficante e que, diante da repercussão do caso, iniciou "levantamentos preliminares" e verificou que o relatório foi produzido por um servidor terceirizado junto com o chefe de segurança. Na época, os dois trabalhavam na Casa de Custódia de São José dos Pinhais. Casa de Custódia de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba Reprodução/RPC O atual diretor relatou também que verificou com a Corregedoria do Deppen se na época houve alguma apuração sobre os fatos que estavam no relatório, e foi informado que não. Nesta segunda, a RPC questionou o atual diretor sobre a sindicância e Peixoto disse que não teve acesso aos documentos e que, por isso, não vai se manifestar no momento. O funcionário terceirizado também foi ouvido pela sindicância e disse que elaborou o documento porque "qualquer informação que pudesse envolver corrupção ou crime era elaborado um relatório de inteligência". Ele também afirmou que Marcos Silas teria lhe dito que teria comprado a cadeia com pagamento de advogados, compra de "sacolas". Na gíria dos presídios, sacolas é como detentos se referem à alimentação e produtos de higiene e limpeza que chegam aos presos. Também nesta segunda, a defesa de Caricati convocou uma entrevista coletiva para tratar do caso e voltou a dizer que que o ex-diretor do Deppen não tem qualquer envolvimento com o traficante Marcos Silas e que o relatório é apócrifo e foi feito para prejudicar o delegado. Os advogados afirmam que Caricati nunca teve envolvimento com qualquer situação ilícita, mas que o nome dele pode ter sido usado. Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Leia mais notícias em g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2024/06/10/secretaria-de-seguranca-do-parana-conclui-sindicancia-sobre-suspeita-de-corrupcao-envolvendo-traficante-e-cupula-do-deppen.ghtml


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